sábado, 11 de fevereiro de 2017

PRÁTICAS EVOLUTIVAS: Devoção e Fé

“Como uma energia apresentada para o Reino Humano como um ‘Raio Planetário’ (Sexto Raio Rosa) de desenvolvimento da consciência, a Devoção está no acervo de experiências que um ser humano deve reconhecer e incorporar em um determinado momento da sua evolução por este planeta. Atualmente, grande parte da humanidade ainda está aprendendo a se relacionar e a desenvolver de forma equilibrada esta energia, em muitos casos as religiões formais oferecem as condições ideais para esta experiência devocional. Porém, em alguns casos, estas mesmas religiões acabam distorcendo negativamente esta energia devocional gerando apegos a realidades formais, idolatrias, fanatismos e emotividades desequilibradas dentre outros enganos. Enquanto esta energia devocional não for incorporada de forma inteligente e ascendente para as causas espirituais celestes, o homem não pode desenvolver outras experiências superiores que lhes aguardam. Uma das atividades árduas que os Mestres da Fraternidade Branca se dedicam é a de auxiliar seus Iniciados a finalizarem as experiências devocionais e iniciarem outras experiências, como por exemplo com o Sétimo Raio que leva à autorrealização da alma e abre os portais para a vida cósmica. Sob uma certa visão, a Devoção é uma energia evolutiva para grande parte da humanidade ainda imatura para os propósitos e causas celestes, enquanto que para uma pequena parte da humanidade já experiente com o Sexto Raio, a Devoção pode ser considerada até como uma energia involutiva pois necessita ser desapegada para que outros Raios encontrem na consciência do Iniciado um espaço e oportunidade para os seus desenvolvimentos. Em síntese, todas as energias desenvolvidas através das naturezas dos Raios podem ser consideradas evolutivas ou involutivas, a depender do ‘momentum’ em que o Iniciado esteja vivenciando dentro da sua caminhada evolutiva.”  (Horácio Netho)

 “Enquanto o mundo espiritual não se apresenta à consciência do ser e ele não adentra a vida mística, ele deve permanecer em fé e oração, em serviço, devoção e busca, fazendo das suas tarefas individuais um meio de ir se aproximando da natureza de Deus. Independente da sua crença, deve manter-se firme nos bons princípios [...] A face de Deus se revela, aos poucos, para a consciência do ser. Neste ínterim, uma natureza devocional cresce dentro do coração do buscador [...] Ante a luz... reverência, devoção, silêncio e entrega [...] As flores são divinas. Fortalecem a devoção pela vida. Embelezam, perfumam, afastam o perigo e inspiram as almas mais nobres [...] Presentes na humanidade, há grandes instrutores lidando com temas de caráter transcendental, se expressando dentro das sociedades, sejam através da escrita ou da oratória. Alguns são bastante versáteis e hábeis no domínio das palavras. Grandes oradores conseguem atrair a atenção humana e hipnotizar platéias em discursos inflamados. Da mesma forma, grandes escritores desenvolveram o dom do convencimento através da organização de suas palavras. Muitos destes seres agem em nome de instituições religiosas, filosóficas, educacionais, filantrópicas, beneficientes, etc. Alguns geram idolatrias, enquanto outros extraem uma devoção exagerada às suas imagens diante dos seus públicos. O equilíbrio, a sensatez e a simplicidade são marcas incontestáveis que se expressam espontaneamente em um instrutor realmente elevado. O ser humano necessita desenvolver um discernimento refinado para não ficar retido nas miragens ou nas ilusões alimentadas por muitos destes instrutores. Através da intuição e de uma investigação apurada, um ser humano pode perceber claramente o alcance da mensagem de um instrutor e, a partir daí, comportar-se de acordo com a sua própria consciência [...] Não devemos rejeitar nenhuma forma de religião externa criada pelos homens. Há um propósito superior para seitas, igrejas, cultos e instituições organizadas. Apesar dos desvios dos ensinamentos e das práticas de vários grandes mestres, as religiões ainda trazem algum benefício para esta humanidade. A devoção é virtude. Não devemos excluir nenhuma experiência humana de busca. Tal ato confirma uma consciência imatura de separatividade. Com sabedoria e elevação do ser humano, brota em sua consciência interna a verdadeira religião. A compreensão de sua expressão oriunda da Fonte criadora e mantenedora da existência. Há uma unidade que permeia tudo.”  (Do livro “VIA TERRA, caminhos da luz”, Horácio Netho)

“O oculto sempre te conduziu e sempre te conduzirá. Ele é o teu guia maior a quem a tua fé deve se dirigir [...] As crenças que cada ser conduz são produtos materiais de formas-pensamentos que nutrem a mente humana, inerentemente. A fé, por sua vez, lida com produtos imateriais que chegam à consciência do ser por meio da intuição, silenciosamente. A fé pode ser redimensionada para a mente analítica, quando o ser sente necessidade do aval de uma razão que ofereça mais sustentação à sua experiência. Porém, há experiências que a razão não pode tocar, onde a fé e o irracional preponderam [...] Só desvela o mistério do espírito aquele que tem fé. E para a fé não há meio termo, ou se tem ou não se tem. O sábio instrutor espiritual não perde tempo com um ser desprovido de fé que tende somente a racionalizar as instruções. Tal ser se limita ao campo das filosofias, das crenças, dos argumentos, das teorias e das discussões que só bloqueiam o alcance superior ao qual o sábio intenciona almejar. Enfim, a fé é um completo estado de entrega, desistência de si em prol das mais altas verdades silenciosas de Deus [...] Uma das bases primordiais que sustentam a prática da meditação é a fé. É saber que se vai penetrar em verdades inconcebíveis e em mundos desconhecidos que permeiam a existência e a inexistência do ser [...] O caminho da luz não trilha veredas já conhecidas pelo ser e demarcadas por setas fixadas. É um eterno convite à aventura no desconhecido, em passos guiados pela fé. A luz só se faz presente e sensível, após a entrega ao mais alto e a revelação do mistério [...] Nestes momentos finais de expulsão das energias involutivas da Terra, muitas informações serão distorcidas, enquanto outras serão criadas negativamente para confundir e servir de provas aos mais céticos. Intencionam perturbar e atrasar as mentes fracas e inflexíveis, desviando-as do foco ao qual a fé deva se dirigir. Desta forma, só restará um local seguro ao qual o ser humano poderá recorrer, o próprio coração. A voz mais alta de Deus vem sempre pelo coração, onde há o contato íntimo com o que ele requer para cada ser [...] Não há tempo nem distância definida para o curador cósmico. Estas ilusões já foram transcendidas por ele. Aqueles que têm fé e abrem os seus corações para acolherem as energias deste mistério são tocados pelo poder de cura destes missionários [...] É necessário cessar os desejos. Não é o homem sozinho que vai resolver as questões mundiais. Ele não tem força e poder isolado para isto. Deve reconhecer os seus limites. Há entidades e consciências maiores que são capacitadas para esta tarefa. A entrega, a divisão de responsabilidades e a fé no mundo divino é a sabedoria que deve se estabelecer para o controle dos desejos humanos [...] A teoria científica da física quântica afirma que tudo aquilo em que o ser não acredita deixa de existir. Ou seja, somos nós que selecionamos parte de nossas próprias verdades e realidades, gerando as respostas para os eventos em nossas vidas. É neste ínterim, que o ser humano pode se limitar e bloquear o acesso aos níveis divinos do seu EU. Raros são os seres que se transcenderam e aceitaram as palavras de Jesus, quando ele afirmava que os que tinham fé nele poderiam fazer mais que ele próprio. Aquele grande mestre sabia que a própria evolução da Terra iria oferecer certas condições cósmicas, para que outras dimensões superiores ficassem acessíveis mais facilmente. Desta forma, grandes iniciados com os mundos sutis poderiam realizar o que a humanidade comum ocasionou chamar de milagres. É preciso ter conhecimento e sabedoria para se gerar a luz suficiente que permita a um ser humano penetrar na essência da fé que tudo pode e realiza. Nem tudo é impossível sob a luz do Cristo Cósmico [...] Só restam duas opções para o missionário espiritual. Ou julga tudo, questiona a sua cruz, duvida de sua fé e abandona o caminho em sofrimento; ou assume-se de vez, apoiando a sua cruz da forma mais confortável, seguindo em frente [...] A espera, a paciência e a fé no que virá são ingredientes necessários para a colheita ideal. São virtudes inerentes do bom semeador.” (Do livro “VIA TERRA, caminhos da luz”, Horácio Netho)

“O divisor de águas entre os ensinamentos espirituais sagrados e os ensinamentos da ciência contemporânea é a fé. A ciência tende a estabelecer e fortalecer verdades através de métodos e sistemas racionais, concretos, lineares, compreensíveis e limitados. Por sua vez, as verdades espirituais e sagradas são irracionais, ilimitadas e incompreensíveis para uma mente humana comum. Sustentam-se em um plano acima da normalidade consensual coletiva. Transitam pelo mundo dos mistérios. Somente com arrojo, coragem, pureza, entrega e fé o homem pode acessar este nível sagrado. Um caminho ainda para poucos. Mesmo assim, a atual ciência da física quântica, através de seres de vanguarda, já aborda a possibilidade de um comportamento atômico irracional e imponderável, com total disponibilidade [...] A religião assumida pelo sábio não tem nome nem definição, não tem doutrina estabelecida nem crenças sedimentadas, não tem idolatria nem apologia. Estabelece-se constantemente em sua consciência e renova-se a cada momentum presente, acompanhando o movimento intermitente dos astros e da sua respiração. É um estado de constante fé e entrega à impermanência da Fonte. É autêntica presença espontânea na consciência do Todo [...] Certas instruções e realidades espirituais não requerem explicações. Estão aí para desenvolver a fé no buscador, virtude essencial para um ser elevado [...] O homem elevado vive sob os auspícios da fé. Chega a ser julgado e incompreendido por isto. Não tem a certeza intelectiva exata de como a obra divina se realiza, nem tem interesse nisto, apenas se entrega e aceita o mistério. Contempla. Sabe dentro de si que está seguindo o caminho certo, através de insights, e que a vida superior o apoia [...] Aquele que vive a sua espiritualidade noouvir falar ou no que lê em livros de ensinamentos está limitado às verdades dos outros, da sua vida externa. O desenvolvimento da espiritualidade é também um processo de busca pessoal interna, onde o ser tem que viver a sua experiência direta, imanente e transcendente. É preciso se aventurar pelos mundos da fé e do desconhecido, desvelar o oculto e o mistério que traz resguardado dentro de si próprio, internamente. Não se sacia a fome ouvindo-se falar onde se tem o alimento, mas procurando-o e degustando-o [...] O respaldo da razão pessoal é de vital importância para que o ser humano possa transitar pelo caminho rumo ao desconhecido. Até mesmo para se acolher as verdades irracionais, a razão deve ofertar a sua disposição e o seu aval. Não deve gerar contraposição, mas se portar como um sábio investigador. Deve resguardar um estado de crença, onde a fé possa fluir livremente. Enfim, a razão pessoal deve adquirir a sabedoria do desapego, da sutilidade e do tempo não linear, para que os mistérios do divino possam ser revelados [...] O homem de fé não anseia por saber quem são os seus guias, se compraz em perceber internamente que está seguindo rumo à luz, orientado internamente. Quanto melhor for um guia, maior a sua capacidade de prestar o seu serviço sem se fazer notar. Mais sutil é a sua presença. É pura luz, sem forma, sem imagem, sem cor, sem som, sem nome... somente luz.” (Do livro “VIA TERRA, caminhos da luz”, Horácio Netho)
fonte:horacionetho.blogspot

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