segunda-feira, 20 de março de 2017

PAI NOSSO E AS GLÂNDULAS ENDÓCRINAS

Para Edgar Cayce, a ação sobre o sistema glandular é o caminho para se obter a cura ou a enfermidade. A escolha depende de como agimos para influenciar as glândulas.

Por Helena Gerenstadt,  Revista Sexto-Sentido, 2010-06-16 12:22

De acordo com Edgard Cayce, as glândulas endócrinas são o ponto de contato entre os nossos três corpos. São nelas que se encarnam o espírito e a alma, e é através delas que se atua no corpo físico.

Portanto, a cura se inicia no sistema glandular. Segundo Cayce, o sistema glandular é a fonte de todas as atividades humanas, de todas as disposições, de todos os temperamentos e da diversidade das naturezas e das raças.

 O medo, a cólera, a alegria, quaisquer das energias emocionais estão relacionadas com as glândulas endócrinas, pois as mesmas produzem secreções hormonais que se expandem dentro do organismo. Os olhos, o nariz, o cérebro, a traquéia, os brônquios, os pulmões, o fígado, o baço, o pâncreas, não podem funcionar de forma isolada, mas podem renovar-se dentro do conjunto das funções glandulares.
Talvez seja neste ponto que o sistema endócrino seja influenciado pelas atividades da alma e é por este caminho que se encontra o dom do Criador.

As glândulas estão relacionadas com a renovação das células, com a degeneração e com o rejuvenescimento, não só da energia física, mas também da energia do corpo mental e do corpo espiritual.

É através dessas minicentrais de energia que nosso corpo físico recebe a cura ou a enfermidade. Nossas atitudes mentais não são alheias às nossas atitudes físicas – tais como o nosso falar, o nosso tom de voz, a nossa forma de olhar –, pois todas as glândulas endócrinas estão atuando sobre nosso sistema sensorial.

  Quando Cayce fala sobre como essas glândulas orquestram todas as atividades do corpo físico – sua forma, suas manifestações, suas percepções –, ele também comenta a respeito dos centros glandulares maiores, ou seja, aquelas glândulas que secretam hormônios como a pineal, a pituitária, o timo, a tireóide, as supra-renais e as gônadas masculinas e femininas.

Existem outras glândulas no organismo, mas correspondem ao que a tradição hindu chama de chacras, que são as chaves da personalidade humana. Cada uma das glândulas corresponde a uma função precisa, a uma vibração colorida, a um elemento da Terra, a um signo astrológico e a uma influência de um planeta.

A pituitária é a glândula mais alta do corpo; está relacionada com a luz e se desenvolve no silêncio.  A glândula pineal é o ponto inicial para a construção do embrião no ventre da mãe.  A tireóide entra em ação quando se deve tomar uma decisão e agir.  O timo corresponde ao coração.  As supra-renais são o nosso centro emocional e atuam sobre o plexo solar.  As gônadas são os motores do corpo físico.

Edgard Cayce também explica que, por exemplo, todas as glândulas estão envolvidas no sentimento de cólera. Uma pessoa que está amamentando, tomada por algum estado de cólera, afetará suas glândulas mamárias, e o bebê vai sentir perturbação em suas glândulas digestivas. A reação principal se produz nas glândulas supra-renais.

Cayce estima que as enfermidades chegam ao corpo físico através dos venenos segregados nos centros glandulares pelas atitudes negativas. E, no sentido contrário, seria possível encontrar a cura trabalhando-se de uma forma positiva, por meio da meditação. Por exemplo, por meio da oração Pai-Nosso – que encontra correspondência nos centros glandulares. A oração de forma meditativa pode ter um efeito dinamizante sobre as glândulas; é uma busca para compreender como atua a Força Criadora de Deus sobre o corpo.

A pituitária corresponde à palavra Céu;
A pineal corresponde à palavra Nome;
A tireóide corresponde à palavra Vontade;
O timo corresponde à Mal;
O plexo solar corresponde à palavra Ofensas;
A região do sacro, com as células de Leyden, corresponde à palavra Tentação;
As gônadas correspondem à palavra Pão.

Assim, teríamos a correspondência entre os versos do Pai-Nosso e as principais glândulas endócrinas, segundo Edgar Cayce:
Pai-Nosso que estais no Céu – abre a pituitária (glândula-mestra do corpo);
Santificado seja Vosso Nome – abre a glândula pineal;
Venha a nós o Vosso Reino – abre a tireóide;
Seja Feita a Vossa Vontade, assim na Terra – abre o timo;
Como no Céu – abre a tireóide;
O pão nosso de cada dia nos dai hoje – abre as gônadas (glândulas sexuais masculinas e femininas);
Perdoai-nos nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam – abre as supra-renais;
E não nos deixeis cair em tentação – abre as células Leyden (ou glândulas de Leydig, que não são verdadeiramente glândulas, mas sim um conjunto de células secretoras de hormônios, localizadas abaixo do umbigo e por cima das gônadas);
Mas livrai-nos do Mal – abre o timo;
Pois é Vosso o Reino – abre a tireóide;
O Poder – abre a glândula pineal;
E a Glória – abre a pituitária.

Edgard Cayce


Conhecido também como o “profeta adormecido”, Edgar Cayce (1877-1945) é tido como um dos maiores médiuns de todos os tempos, capaz de realizar previsões que, segundo alguns, superam as profecias de Nostradamus. Cayce era capaz de entrar num estado alterado de consciência, ou sessões que ele chamava de “leituras”, nas quais conseguia diagnosticar com certa precisão as doenças das pessoas que o procuravam, inclusive fornecendo os nomes dos medicamentos que iriam ajudá-las.
Posteriormente, passou a fazer uma série de leituras referentes ao passado e ao futuro da humanidade, falando sobre a construção da pirâmide de Gizé, sobre a suposta existência da Atlântida e relacionando-a a uma descoberta a ser feita no Caribe. Muitos estudiosos associam essa profecia à descoberta de ruínas submersas em Bimini, no sul da Flórida. Também foi dele a profecia de que um grande terremoto iria atingir a Califórnia. Cayce ainda falou de uma série de catástrofes atingindo os Estados Unidos, inclusive Nova York, que seria destruída. Uma parte do Japão seria inundada pelo mar.

Só sobre a Atlântida, Cayce realizou cerca de 2.500 leituras, com tal riqueza de detalhes que suscitou uma nova onda de interesse pelo continente perdido.

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