terça-feira, 15 de novembro de 2016

REIKI E BODHICITTA


REIKI E BODHICITTA

Wolf Logan, um estudioso do assunto, acredita que Reiki é uma palavra que Mikao Usui usou para traduzir o termo budista Bodhicitta ("o coração da mente iluminada"), que se refere a essência da compaixão em ação. Em literatura budista, Bodhicitta é descrito em condições semelhantes às do Reiki, ou seja:
É o Elixir Supremo
Que Supera a Soberania da Morte
É o Tesouro Inesgotável
Que elimina a Pobreza do Mundo.
É o Medicamento Supremo
Que Suprime a Doença do Mundo.
É a Árvore que abriga todos os Seres cansados e que vagam na senda da existência condicionada.
É a Ponte Universal
Que Conduz à liberação dos Estados Infelizes de Nascimento.

Traduzindo, Bodhicitta, o tesouro inestimável, é composta pelos " quatro incomensuráveis" do budismo, ou seja: Amor, Compaixão, Alegria e Equanimidade!, é a aspiração fundamental pelo bem dos outros.
Quando estes incomensuráveis se integram em nosso espírito, nossa personalidade passa a ser guiada pelo mesmo e nos tornamos incapazes de fazer o mal a quem quer que seja.
Sem Bodhicitta " Amor e Compaixão", toda prática espiritual torna-se vazia e não conduzirá ao despertar.
Bodhicitta é a essência do Reiki.
Bokar Rimpoche em seu livro "Tchenrezi", diz: É a eletricidade das práticas espirituais. Se ela é cortada, nada mais funciona".




Esta força maior é a da Mente Iluminada, uma mente não mais de Pensamento mais alto, mas de luz espiritual. Aqui a claridade da inteligência espiritual, sua tranquila luz diurna, dá lugar ou se subordina a um brilho intenso, um esplendor e iluminação do espírito: um jogo de relâmpagos de verdade e de poder espiritual desencadeia-se do alto para dentro da consciência e adiciona à calma e ampla iluminação e à vasta descida de paz que caracterizam ou acompanham a ação do princípio espiritual-conceitual maior, um fogoso ardor de realização e um arrebatado êxtase de conhecimento. Uma vertente de Luz interiormente visível quase sempre envolve esta ação; pois deve-se notar que, ao contrário de nossas concepções usuais, luz não é primariamente uma criação material, e o sentido ou visão de luz que acompanha a iluminação interior não é meramente uma imagem visual subjetiva ou um fenômeno simbólico: luz é primordialmente uma manifestação espiritual da Realidade Divina iluminadora e criativa; luz material é uma representação ou conversão subsequente dela dentro da Matéria, para os propósitos da Energia material. Há também nesta descida a chegada de uma dinâmica maior, um ímpeto dourado, um entusiasmo luminoso de força e poder internos que substitui o processo comparativamente lento e deliberado da Mente Mais Alta por um ímpeto veloz, às vezes veemente, quase violento, de transformação rápida. 

A Mente Iluminada não trabalha primariamente por pensamento, mas por visão; o pensamento aqui é apenas um movimento subordinado expressivo da visão. A mente humana, que confia principalmente no pensamento, concebe-o como sendo o mais alto ou o principal processo de conhecimento; mas na ordem espiritual o pensamento é um processo secundário e não indispensável. 

Uma consciência que procede por visão, a consciência daquele que vê, é um poder de conhecimento maior do que a consciência do pensador. O poder perceptivo da visão interior é maior e mais direto que o poder perceptivo do pensamento: é um senso espiritual que capta algo da substância da Verdade, e não apenas sua figura; mas ele também delineia a figura, e ao mesmo tempo apanha a significação da figura, e ele pode corporificá-la com um contorno revelador mais belo e mais audacioso e com uma compreensão e poder da totalidade maiores do que o que pode conseguir a concepção do pensamento.

Sri Aurobindo em, A evolução futura do homem




Agradecemos a inclusão deste blog em seu compartilhamento.
Honre o Divino em você, honrando o Divino nos outros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário