quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Medo e indecisão

Medo e indecisão
A indecisão é filha do medo! Lembre-se deste fato, enquanto lê. A indecisão cristaliza-se como dúvida, as duas se combinam e se transformam em medo! O processo de mistura é muitas vezes lento. E esta é uma das razões porque os três inimigos são tão perigosos. Germinam e crescem sem que nos apercebamos de sua presença.”

Vivi quase toda a vida com medo, dúvidas e hesitações, um verdadeiro tormento a cada vez que tinha que decidir qualquer coisa, por menor que fosse. De vez em quando lembrava pesaroso do tema da redação do vestibular: “toda decisão é um ato de agressão contra a pessoa que decide”. Sentia-me agredido ao “ser obrigado” a decidir qualquer coisa.


Acabava pensando, pensando e pensando sobre a decisão e, invariavelmente, deixava oportunidades passarem. Era algo horrível, já tinha acontecido muitas vezes, inclusive e principalmente com mulheres, o que acabava sendo “justificado” pelo fato de sempre ter sido muito “tímido”. Finalmente via que a “timidez” não é uma característica pessoal, mas uma verdadeira doença, resultado de vários medos associados conspirando contra mim em minha própria mente.

Segundo Napoleon existem “Seis Medos Básicos” e “A Oficina do Diabo”:
O medo da pobreza
O medo da crítica
O medo das doenças

O medo da perda do amor de alguém
O medo da velhice
O medo da morte e A Susceptibilidade a Influências Negativas

Mais e mais luz estava sendo enfocada naquele labirinto escuro que era a minha mente, meu único ativo, que por muitos anos tinha sido meu principal passivo, como começava a descobrir.
Gostei muito quando o Napoleon diz que “os medos nada mais são do que estados mentais. E nosso estado mental está sujeito a controle e direção.” Havia alguma esperança para mim, mas agora precisava lidar com cada um daqueles medos para exorcizá-los de minha mente, de forma definitiva não só para poder alcançar a riqueza, mas também a paz interior mental do Clone Rico.

Fiz um inventário de mim mesmo e percebi que era vítima de todos os sete vilões, principalmente dos medos da pobreza, críticas e velhice. Também era suscetível a influências, não importando se positivas ou negativas. Mudava muito facilmente de opinião, bastando encontrar alguém que considerasse ter mais condições de decidir do que “eu”.

Era muito fácil achar quem tivesse esta característica, já que “eu” estava sempre indeciso e em dúvida com relação a tudo. Estava sempre sem rumo e tentando achar alguém que me orientasse. O pior é que quando as coisas acabavam ocorrendo com freqüência de forma diferente do que eu imaginava, culpava aquele que tinha me orientado inicialmente. Era susceptível a influências, não confiava em mim para decidir e sempre achava algum responsável para culpar quando algo dava “errado”. Que horrível!

Então, além de me reconhecer como medroso, vítima de pelo menos seis tipos de medo, também tinha que me reconhecer como um cara que mudava facilmente de decisão, quando alguém mais dava um palpite. Acabavam sendo claras as razões do meu insucesso. Percebi que devia fazer algo para me curar de uma doença que nem mesmo sabia que existia no início daquela peregrinação.
Pensei: “Em minha mente está a chave do meu próprio sucesso!” Não precisava ir muito adiante para achá-la, mas precisa começar a questionar cada aspecto da maneira como “aquela mente” funcionava. Era preciso ir fundo, “precisava conhecer a mim mesmo”, como A Arte de Guerra, de Sun Tzu, reforça: “Se conhecemos o inimigo e a nós mesmos, não precisamos temer o resultado de uma centena de combates.”

Que sensação horrível reconhecer finalmente que, por não me conhecer, não só tinha temido uma centena de combates como tinha perdido a maioria deles.


Do livro: CLONE Rico, CLONE Pobre – Losf
Francisco -Academia do Aprendiz

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