Cientistas
exploram o poder de cura da energia das mãos
Registros
de rituais de cura com as mãos foram encontrados no Egito antigo
O
biólogo Ricardo Monezi, mestre em fisiopatologia experimental pela Faculdade de
Medicina da USP e pesquisador da unidade de Medicina Comportamental da Unifesp,
estudou a fundo a técnica de imposição de mãos conhecida como reiki.
“Na
adolescência, ela me ajudou a vencer uma depressão”, conta. Seu desafio era
provar o que havia vivenciado. Começou o trabalho em camundongos com câncer,
tentando derrubar a tese usual de que as terapias complementares produzem só um
efeito placebo. “O animal não cria vínculos com o terapeuta imaginando que será
curado nem tampouco alimenta qualquer tipo de fé”, resume Monezi.
Os
ratos foram divididos em três grupos. Um deles não passou por nenhum
tratamento; outro foi cuidado com a imposição de mãos; e o terceiro foi apenas
coberto com luvas térmicas. Somente os que receberam energia das mãos
apresentaram resultados positivos: o sistema imunológico deles teve maior
capacidade de destruir os tumores.
“Os
dados preliminares apontam que a prática gera mudanças fisiológicas e
psicológicas, como a diminuição da depressão, da ansiedade e da tensão
muscular, além do aumento do bem-estar e da qualidade de vida.”, conta o
médico, que agora estuda o efeito do reiki em idosos.
Há uma
década, vem crescendo o número de pesquisas realizadas a respeito do que os
cientistas chamam de energias sutis. Um dos centros que avaliam o assunto é a
respeitada Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. “A física atual não
consegue classificar a natureza dessa força, mas vários estudos indicam que se
trata de energias eletromagnéticas de baixa frequência“, afirma Monezi.
O
gastroenterologista Tomás Navarro Rodrigues, do Hospital das Clínicas da USP,
realizou uma pesquisa em pacientes com dor torácica não cardíaca em parceria
com a Universidade do Arizona, nos EUA. O objetivo foi avaliar os efeitos da
técnica de origem japonesa johrei, também baseada em transferência energética.
Os que foram submetidos a ela tiveram melhora de 90% nos sintomas.
“A
maioria das práticas, chamadas de curas prânicas, vem do Oriente e existe há
mais de 6 mil anos”, afirma o fisioterapeuta Sílvio Camargo, professor de
meditação e ioga e autor do livro “Cura Energética: o Poder Sutil e Curador das
Mãos” (Ed. Pensamento).
“Já
foram descritas pelos historiadores antigos muito antes da vinda de Cristo. Há
referências sobre isso em um papiro encontrado nas ruínas de Tebas, antiga
capital do Egito, entre 1550 e 1069 a.C”, acrescenta a ginecologista Marlene
Nobre, presidente da Associação Médico-Espírita do Brasil (AME
Brasil)
e autora do livro “O Passe Como Cura Magnética” (Fé Editora).
A
intenção é sanar problemas físicos ou emocionais em sessões em que o terapeuta
coloca as mãos sobre a cabeça do paciente, descendo em seguida pelo corpo,
mobilizando energia do próprio doador ou do ambiente. Vem dessa crença o hábito
de religiosos de estender as mãos durante a oração na tentativa de transmitir
as bênçãos ao destinatário da prece. Para Marlene, assim como existe a
transfusão de sangue, também é possível transmitir energia.
Por
Redação M de Mulher
Fonte:
claudia.abril.com.br
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