A
QUINTA FORÇA ou A ENERGIA DO CORAÇÃO
Este
artigo descreve a quinta força, que o autor designa «Energia "V"»
Particularidades
da quinta força
Com
base nas pesquisas sobre energia “V”, segue-se uma relação de vinte
características preliminares dessa energia. Em cada uma delas estão incluídos
comentários de transplantados e healer's que explicam e parecem fundamentar
essas características.
1. A
energia “V” (*) é mais rápida que a velocidade da luz. A mais de 300.000
quilómetros por segundo, ela propaga-se em todas as direções, dentro das
pessoas e para fora delas e é responsável pelos efeitos “não-locais” de ocorrências
como telepatia, cura à distância e o poder da oração intercessora.
Os
efeitos da energia “V” são ilimitados. Podemos senti-la a irradiar de alguém
que nos é caro ainda que essa pessoa esteja a mil quilómetros de distância. Um
transplantado cardíaco descreveu a velocidade sem limites da conexão da energia
“V” nas seguintes palavras: “Sei que eu estava totalmente inconsciente, mas eu
podia senti-la antes e depois da minha cirurgia. O que eu quero dizer é que,
enquanto esperava ali, eu podia sentir a energia da minha mulher que vinha da
sala de espera. Tinha a impressão de que a recebia até mesmo quando minha
mulher estava em casa e eu ainda estava no hospital”.
2. A
energia “V” é não-local ou livre dos limites de espaço e tempo conforme os conhecemos.
Ela está em toda parte ao mesmo tempo, o que significa que entrar em sintonia
com essa energia não é tanto uma questão de “transmitir ou receber” mas mais de
“estabelecer conexão”.
Segundo
as evidências das pesquisas PEAR(*), a energia “V” parece estar à nossa volta
como o ar que respiramos. Parece que estamos imersos nela, todos nós. É mais
algo algo que “somos” do que “transmitimos” e “recebemos”. A disseminação dessa
energia foi identificada por um transplantado cardíaco que disse: “Posso sentir
a energia da minha doadora. É como se eu fosse ela e ela fosse eu. A energia
não parece provir de parte alguma. Ela simplesmente existe. Não a estou a
receber, parece-me simplesmente que eu sou essa energia”.
3. A
energia “V” atravessa, intacta, qualquer substância conhecida e nada se lhe
opõe ou a desvia.
Parece
não haver obstáculo conhecido à energia “V”. Ao contrário de outras formas de
energia, ela não se propaga no sentido de ir de um lugar para outro. Visto que
está perpetuamente em toda parte, nada constitui um escudo contra a sua
influência. O seu poder subtil foi descrito por uma enfermeira especializada em
transplantes: “Eu podia sentir a energia do coração explantado através do
recipiente metálico. Pude senti-la assim que trouxeram o coração para a sala de
cirurgia”.
4. A
energia “V” é amiúde acompanhada de um campo electromagnético e das outras três
formas de energia conhecidas (gravidade, força nuclear fraca e força nuclear
forte), mas difere de todas elas quanto à capacidade, mensurabilidade,
condutibilidade, velocidade e recepção.
Talvez
a energia “V” seja tão difusa que é encontrada em todas as formas conhecidas de
energia ou talvez todas essas formas de energia sejam manifestações diferentes
da energia “V”. Essa mescla de influências energéticas é mencionada no
comentário de um cirurgião que faz transplantes: “Sei que a energia de alguns
pacientes faz minhas máquinas trabalharem melhor ou com maior regularidade.
Seja como for, alguns pacientes parecem estabelecer conexão com as máquinas de
maneira mais eficiente do que outros e existem aqueles cuja energia parece
perturbar as máquinas”.
5. O
coração é singularmente composto de energia “V” e comunica-a e transmite-a de
maneira própria, mas ela também se propaga no campo eletromagnético (CEM)
criado pelo coração.
O CEM
do coração é cinco mil vezes mais intenso que o campo criado pelo cérebro e,
além de sua imensa potência, tem efeitos subtis e não-locais que se propagam
dentro dessas formas de energia. Mecanismos supercondutores de interferência
quântica, magnetocardiogramas e magnetoencefalogramas que medem campos
magnéticos fora do corpo mostram que o coração gera acima de cinquenta mil
femtoteslas (medida de CEM), em contraste com menos de dez femtoteslas
registrados em medição do cérebro.
Por
causa de seu intenso potencial energético, é possível que o coração seja o
centro principal da condução da energia “V”. O papel do coração como uma
central dessa energia assim foi descrito pela esposa de um transplantado
cardíaco: “Logo que entrei no quarto do hospital, depois de ele ter recebido o
coração novo, senti-me atraída para ele. Sentia tanta energia emanando do seu
coração que parecia um íman. Fez o meu coração bater irregularmente”.
6. A
energia “V” ocupa todo o espaço na forma de feixes de energia vibratória que
podem se manifestar como partículas ou como ondas. Estas contêm a informação
que se transmite dentro de todas as pessoas e coisas e também para elas.
Frequentemente
julgamos que matéria é uma coisa e energia é outra, mas, como já ficou dito, o
facto quântico é que energia e matéria são manifestações da mesma substância
energético-informativa. Matéria, energia e informação podem unir-se para serem
transmitidas como energia “V”. Aquilo que os especialistas em física quântica
denominam princípio de dualidade “onda-partícula” foi associado à energia “V”
em uma descrição de uma doadora de coração (ela submeteu-se a um “transplante
múltiplo”, isto é, recebeu o coração e os pulmões sadios de um dador; o seu
coração (ainda saudável) também foi dado a outro paciente; desta maneira,
unidos ao coração original, os pulmões têm maiores probabilidades de serem bem-
sucedidos.) Disse ela: “Acho que houve um certo espaço de tempo lá em que
estive morta. Não havia a sensação de que eu tivesse deixado de existir. Ao
contrário, era como se eu nunca tivesse estado mais unida a tudo e a todos.
Acho que, por alguns instantes, em vez de me perceber como corpo, percebi-me
como energia. É como se o céu não fosse um lugar para onde se vai, mas um
processo do qual voltamos a fazer parte e que nos faz lembrar de que sempre
estivemos unidos a tudo e a todos. Às vezes, tenho a sensação de que ainda
posso sentir o meu coração, onde quer que ele esteja. Acho que é porque a
energia que era o meu coração ainda está em mim e está unida à substância que é
o meu coração agora noutro corpo”.
7. A
energia 'V' é amiúde conduzida eficientemente por elementos mais densos, mas
parece sofrer refracção de objectos mais sólidos ou de metal. É absorvida
melhor e mais rapidamente por matéria orgânica, como seres humanos, animais e
plantas.
Embora
a energia “V” seja não-local e esteja permanentemente em toda parte, ainda
assim parece, às vezes, reger-se também por algumas das regras que afectam as
outras formas de energia. Parece impregnar mais facilmente tecidos vivos e
células e irradiar-se mais vigorosamente de coisas vivas. Esta essência vital
da energia “V” foi descrita por um membro do Clube do Coração Higiano
mencionado na introdução, que disse: “Quando trouxeram as plantas de plástico
para o meu quarto, elas não me passaram nenhuma sensação. Não eram permitidas
quaisquer plantas de verdade porque o meu sistema imunológico poderia reagir
negativamente, ou eu poderia ser contaminado por algum agente infeccioso delas
ou da terra do vaso ou qualquer outra coisa. Quando finalmente permitiram a
introdução de plantas verdadeiras, comecei a sentir a energia no meu quarto.
Sem dúvida, elas me deram uma injecção de energia”.
8.
Quanto aos seus efeitos, a energia “V” é não apenas não-local (omnipresente),
mas também de entropia negativa (não se desintegra e desaparece), formativa
(criadora e não-destrutiva) e organizadora (integrativa e não-dissidente). Os
seus efeitos são precisamente o oposto daqueles da 'Segunda Lei da
Termodinâmica' e da entropia que diz que tudo se desintegra gradualmente.
A
energia “V” não parece diminuir com a passagem do tempo. Enquanto todas as
outras formas conhecidas de energia seguem a maioria das leis físicas de
Newton, a energia “V” aparenta ser uma energia criadora e conectiva. Em vez de
desgastar as coisas, parece dar-lhes coesão. Aparenta ser uma das mais
intensas, integrativas e conectivas no universo. Um dos meus transplantados
cardíacos descreveu nos seguintes termos o impacto positivo e construtivo dessa
energia: “O meu coração novo não somente salvou a minha vida; criou uma vida
inteiramente nova dentro de mim. Sinto-me recomposto, um novo ser, mais forte e
mais cheio de energia.”
9. As
variações da energia “V” antecedem mudanças biofísicas somáticas e observáveis.
Quando
dizemos que estamos “tendo uma sensação” de que algo está para acontecer, é
possível que estejamos sintonizando a energia “V” e sua mensagem cifrada. Uma
enfermeira especializada em transplantes relatou assim a sua sensação de
iminência propiciada pela energia “V”: “Numa cirurgia, sei quando tudo vai dar
certo e quando vai haver problemas. Mesmo enquanto os cirurgiões trabalham e
tudo parece estar a ir muito bem, há um instante, imediatamente antes da
ocorrência, em que, como se fosse o prenúncio de uma tempestade, posso sentir
uma variação na energia”.
10. A
energia “V” está relacionada à ocorrência do fenómeno quântico, o que significa
que ela atua segundo os princípios de não-localidade, relatividade e
independência com relação aos princípios newtonianos de tempo e espaço
lineares. Quando estamos sintonizados na energia “V” podemos experimentar uma
sensação de liberdade das limitações de tempo e espaço.
Os
nossos corpos podem parecer “matéria”, mas são principalmente espaço. Visto que
as nossas moléculas vibram dentro de um enorme espaço que as rodeia, e como
esse espaço estivesse ocupado inteiramente pela energia “V”, e como cada uma de
nossas 75 triliões de células é também principalmente energia, podemos
experimentar a sensação de estarmos libertos dos nossos corpos e das limitações
do mundo exterior quando entramos em sintonia com a nossa energia sutil. Um
transplantado cardíaco relatou-me essa experiência pessoal da natureza da
energia “V”: “O meu novo coração alterou toda a minha percepção de tempo.
Talvez seja porque eu temia que o meu tempo estivesse a esgotar-se, mas agora
isso já não me preocupa tanto. Vivo muito mais no presente do que no futuro.”
11.
Embora a energia “V” característicamente não se revele ao mundo da visão e do
tacto, ela às vezes manifesta-se de várias maneiras perceptíveis, tais como
espirais, nuvens em volta do corpo (aura), luminescência, formas etéreas,
etc...
Dúvidas
da ciência sobre a existência da energia “V” podem derivar, em parte, das
diversas descrições incomuns que se fazem dela. Visão de anjos, luminescências
estranhas, luzes, halos e auras podem realmente ser indício de uma manifestação
da energia “V”, mas essas descrições podem parecer tão bizarras que intimidam
aqueles que se esforçam para aceitar a hipótese de uma força vital. Exemplo de
um desses casos foi narrado pela mãe de uma pessoa que doou o coração: “Quando
disseram que meu filho estava morto e só uma máquina o mantinha vivo, eu ainda
conseguia ver a energia dele. Era como uma nuvem suave que o envolvia,
principalmente no tórax, que emanava dele como uma névoa. Quando o vi
novamente, depois de lhe retirarem o coração, não consegui mais ver a energia. O
corpo estava ali, mas o meu filho não estava. Acho que a essência dele - seja
qual for o nome que quisermos dar - se foi com o coração e está agora no peito
de outra pessoa”.
12.
Embora seja plausível que a característica não-local da energia “V” signifique
que ela é omnipresente, parece haver, às vezes, vestígios da sua presença a
indicar que ela aparenta fluir para lá e para cá, de uma pessoa ou coisa para
outra.
Um dos
aspectos mais poderosos da energia “V” é sua capacidade de conectar sistemas.
Às vezes, principalmente quando duas pessoas estão unidas por laços de afeição,
a sua energia “V” pode até tornar-se visível, especialmente àquelas pessoas que
estão amando. Esta conexão fluente da energia “V” foi descrita pela enfermeira
Betsy que cuidava de mim na U.T.I. após o meu transplante de medula. Ela
disse-me: “Eu podia ver uma conexão entre você e a sua mulher. Assemelhava-se a
uma teia branca e luminosa e eu conseguia vê-la até mesmo quando você estava a
dormir. E quando a sua mulher estava perto, você se aquietava e os seus órgãos
vitais se equilibravam”.
13.
Existe um princípio relacionado à não-localidade denominado teorema de Bell.
Trata-se de uma lei da física quântica que diz que, uma vez conectados, os
objectos se influenciam para sempre, não importa onde ou quando. De forma
semelhante a esse teorema, a energia “V” parece ser “viscosa” no sentido de que
um fluxo invisível de energia sempre conectará dois objectos que já tenham
estado conectados de alguma forma no passado.
Essa
“viscosidade” ou natureza de conexão permanente da energia “V” é uma das
características mais salientes nos relatos de receptores de transplantes de
coração. Disse um doente transplantado, de vinte e seis anos: “Estarei ligado
ao meu dador para sempre. Não se passa um dia sem que eu o sinta. É como as
pessoas que conheci e realmente estimei. Não importa onde estejam, basta eu
pensar nelas e posso senti-las no meu coração como se estivessem comigo”.
14. De
todas as formas de energia, esta é a mais conhecida e é aquela sobre a qual
mais se escreveu. É mencionada em antigos documentos de ocultismo e espirituais
como a força intrínseca e vital de toda a criação.
Enquanto
a ciência moderna realça a importância de estudos comparados, existe também
validade na consistência e durabilidade autêntica de relatos de culturas
antigas relativamente à existência de uma força vital sutil. Um dos meus
mentores havaianos, um kahuna (curandeiro) disse: “Todos os curandeiros
conhecem a força a que você se refere. Os nossos ancestrais e os ancestrais
deles conheciam-na e ensinavam-na. Chamavam-na de 'mana', que vem do na'au, as
entranhas, e do pu'uwai, o coração. É tão real quanto o oceano, tão poderosa
quanto o vento e infinita como o céu nocturno”.
15.
Duas das mais antigas e consagradas formas de medicina, a chinesa e a japonesa,
são baseadas na energia subtil, denominada “Qui” ou “Chi” na China e “Ki” no
Japão.
Dois
dos mais testados e confiáveis métodos de curar, a medicina chinesa e a
japonesa, sempre fundamentaram sua abordagem na existência de uma força vital.
Um médico de família realçou a importância de não desconsiderar o foco
energético desses dois sistemas: “A medicina moderna luta com o facto de que a
forma de energia que os chineses conhecem há séculos poderá de facto existir. O
nosso sistema mecanicista de negação apresenta uma ruptura. Todo médico e toda
enfermeira já sentiu alguma versão dessa energia; utilizamos técnicas que
parecem empregar alguma forma dela e todos os pacientes com os quais conversei
parecem conhecer um pouquinho sobre ela. Quem já ficou doente alguma vez sabe o
que acontece quando ela é bloqueada ou é interrompida.”
16. Tão
difusa é a energia 'V' que povos nativos e sistemas antigos de religiões
deram-lhe mais de cem nomes diferentes e nela baseiam os seus métodos de cura.
Na Índia e no Tibete ela é denominada “prana”. Os polinésios chamam-na “mana”;
os sufis conheciam-na pelo nome de “baraka”; os judeus da tradição cabalística
chamam-na “yesod”; os iroqueses, “orendam”; os pigmeus Ituraca, “megbe”; e os
cristãos chamam-na “Espírito Santo”.
Não
apenas as medicinas chinesa e japonesa, mas quase todas as outras formas, com
exceção da moderna biomedicina, reconhecem e deram nome à energia subtil, que,
segundo elas, é decisiva para a saúde e a cura. Outro kahuna havaiano descreveu
a universalidade da energia “V”: “Não somente os nossos ancestrais, mas todos
os ancestrais em toda parte conheciam bem os poderes de 'mana' e deram-lhe
nomes, porque tantas pessoas sábias em tantos lugares dariam um nome a algo que
não existe?”
17.
Muitos psicólogos modernos lidaram com a energia 'V' e deram-lhe nome. Alguns a
chamaram de “quinta força” e energia “X”. O psicólogo Wilhelm Reich denominou-a
“orgónio” e Sigmund Freud chamou-a “líbido”; Franz Anton Mesmer (como o biólogo
Luigi Galvani) chamou-a “magnetismo animal”. Karl von Reichenbach deu-lhe o
nome de “odic forcem”, na Rússia, os psicólogos costumavam denominá-la
“bioplasma”.
Do
contacto com o desenvolvimento emocional e o sofrimento, quase todas as formas
de psicoterapia elaboraram a sua própria versão da energia “V” que atua como
uma força vital motivadora. Assim se expressou uma hipnoterapeuta para descrever
sua versão da energia “V”: “Chamo-a simplesmente de energia “H”. Há muitas
explicações para o hipnotismo. Muitos dizem que é uma forma de dissociação da
consciência, ou, como está a ser denominada mais recentemente, neodissociação;
dizem também que é uma espécie de disjunção da consciência em que outros
aspectos dela continuam a funcionar. Na minha opinião, implica um contacto com
outra forma de energia da qual todos partilhamos”.
18. O
coração pode transmitir energia “V” juntamente com a electricidade presente na
sua própria actividade. Enquanto a amplitude normal de frequência da actividade
eléctrica do cérebro se situa entre 0 e 100 ciclos por segundo (CPS), a maior
parte dessa actividade oscila entre 0 e 30 CPS. A frequência normal do coração
é 250 CPS. Visto que a energia “V” se pode propagar sincronicamente com outras
formas de energia, o coração talvez seja o mais poderoso transmissor e receptor
dessa energia.
A
maioria das nossas mensurações do funcionamento do coração é de natureza elétrica.
Já que a energia “V” poderá ser um componente ainda não-mensurável dessa
energia cardioelétrica, o coração mais uma vez surge como candidato a ser o
principal mecanismo de energia “V” no corpo. Uma enfermeira cuja função é fazer
eletrocardiogramas relatou a sua sensação da energia “V” entre os impulsos
elétricos que estava a registar. Disse ela: “Às vezes, faço um ECG a um
paciente e percebo vibrações completamente diferentes vindas de outro paciente,
embora os gráficos dos dois sejam exatamente iguais. Jamais vou dizer isto ao
cardiologista, mas creio que dentro do ECG ocorre outro rastreamento que os
nossos olhos não vêem”.
19. Um
dos mais antigos mananciais de ensinamentos de cura, a literatura do yôga alude
a centros de energia “V” como “chakras”, palavra sânscrita que significa roda e
que descreve vórtices de energia.
Há
muitos fisioterapeutas e outros profissionais da área de saúde que lidam
principalmente com reabilitação e falam de “níveis de energia bloqueados” e
“rupturas da energia subtil”. Uma fisioterapeuta que utiliza o yôga na sua
clínica descreveu a sua concepção da energia “V”: “Para mim não há surpresas nesse
assunto de energia “V”. Creio que o mundo inteiro está a sofrer de algum tipo
de disfunção de energia subtil. O quarto chakra é o chakra do coração e é
essencial para nos conectarmos energéticamente com os outros chakras, com a
terra, com tudo e com todos”.
(Os
sete chakras, ou centros de energia do corpo, são explicados em detalhe no
capítulo 11.)
20.
Embora muitas pessoas da comunidade da biociência não reconheçam a energia 'V',
outras tantas relatam a sua influência e procuram incluir o poder dela nos seus
métodos de cura.
A Drª
Shafica Karagulla, neurologista e psiquiatra, constitui um exemplo de
profissional médico respeitado que estudou a energia “V”. Ela alude à
“percepção sensorial superior”(*) como algo sensível à energia “V”. A Drª
Karagulla entrevistou dezenas de médicos que a informaram serem sensíveis a
essa energia e concluiu: “Quando muitos indivíduos dignos de confiança relatam
independentemente o mesmo tipo de fenómeno, é hora da ciência tomar
conhecimento do facto."
________
(*) No original, HSP, higher sense perception (N.T.)
RENDENDO-SE
AO ENCANTO
Eliphas
Levi descreveu a energia “V” ou energia subtil da vida como a “imaginação da
natureza [...] o grande Arcano da Magia.” Referia-se à natureza misteriosa,
encantada e difusa, embora evasiva, da energia “V”. Emily Dickinson escreveu:
“A vida é um encanto tão delicado que tudo concorre para o romper.” Realmente,
o atarefado cérebro não cessa de romper o encanto imaginado pelo coração e as
memórias que ele transmite. A subtil energia “V”, contudo, está sempre dentro
de nós e podemos tornar-nos mais conscientes da sua presença não através de
esforços maiores, mas moderando a marcha e aquietando-nos, voltando-nos para o
mistério de nossa natureza da mesma maneira que um girassol se volta para o
sol, conforme sugestão de Marsilio Ficino, filósofo do século XV.
A
enfermeira Julie Motz, que pratica a cura pela energia já participou em muitas
cirurgias de transplante no Columbia Presbyterian Medical Center. Ela descreve
assim as suas experiências com as influências da energia “V”: “A idéia de que a
informação é uma forma de energia, e de que o coração utiliza energia para se
comunicar com o resto do corpo e dele receber comunicação, bem como para
transmitir e receber comunicação do exterior do corpo, condiz com experiências
que tive durante cirurgias de transplantes cardíacos”. Ela teoriza que cada
forma de energia tem o seu próprio equivalente emocional singular, insinuando
que a gravidade pode nos fazer sentir pesados quando estamos zangados e mais
leves quando a ira desaparece; a energia electromagnética pode-nos fazer sentir
electrizados com o medo; a força nuclear forte difunde a dor no nosso corpo; e
a força nuclear fraca pode ser experimentada como sensações de afecto. A
cardiologia da energia e a cardioenergética proporcionam um ponto de partida
para que cientistas como aqueles que mencionámos acima se encontrem com
curandeiros, kahunas, xamãs, transplantados cardíacos e todos aqueles que
buscam recuperar o encanto através da energia do seu coração e dos ensinamentos
das suas memórias celulares. Enquanto existir a divisão entre a biociência e as
medicinas baseadas na energia, o cérebro continuará a romper o encanto que o
coração proporciona.
O
coração não é facilmente dissuadido da missão de equilibrar a interação
cérebro/corpo. Ele é mais do que uma bomba muscular poderosíssima e misteriosa
que faz fluir não apenas os nutrientes bioquímicos que nos mantêm vivos, mas
também, aparentemente, a energia espiritual que representa a nossa alma.
_______
* PEAR:
Princeton Engineering Anomalies Research (pesquisa de Anomalias da Escola de
Engenharia da Universidade de Princeton, em Nova Jersey). Há vinte anos que
este centro altamente científico investiga conexões de energia subtil (energia
“V”) entre pessoas e máquinas e entre pessoas e lugares remotos. Essas conexões
parecem ser mais profundas quando os “perceptivos” (participantes realmente
capazes de efectuar essas conexões com a energia “V”) mostram muitas das mesmas
características dos “cardiossensíveis” que fizeram um transplante cardíaco.
sete
hábitos para ouvir o coração
Pierre
Teilhard de Chardin escreveu: “Os males de que sofremos tiveram a sua base na
própria criação do pensamento humano”. As palavras dele refletem os perigos de
um mundo dominado por um cérebro insensível que parece dizer “Eu sou tudo”,
enquanto o coração, frequentemente menosprezado, diz: “Sem todos os outros não
sou nada”. As sete orientações da cardiocontemplação comentadas abaixo são
modos através dos quais poderemos fazer com que a Mente, constituída de
cérebro, coração e corpo, nos auxilie a propiciar a significação e o equilíbrio
para o trabalho do cérebro. Procedendo assim estaremos mais aptos a seguir a
sugestão de Thoreau: “Se construístes castelos no ar, não há razão para
julgardes perdido o vosso trabalho. Colocai agora o alicerce sob eles”.
Como um
sumário do processo de sintonização do código do coração e das memórias que ele
transmite, segue-se uma recapitulação de algumas das sugestões feitas neste
livro sobre a cardiocontemplação e o contato com o código do coração.
1.
Aquiete-se. Para entrar em sintonia com o coração é necessário diminuir o ritmo
da vida diária, sentar-se e acalmar-se. Você não precisa assumir qualquer
posição corporal específica, mas é necessário ficar suficientemente tranquilo e
silencioso para se conscientizar plenamente do momento presente, em vez de se
preparar para o momento seguinte ou preocupar-se com um momento passado não
aproveitado. Mestre Eckhart, místico cristão do século XIII, disse: “Em toda a
criação não há nada que se assemelhe tanto a Deus como o silêncio”. Fique
imóvel, pare de pensar, não recorra a nenhuma táctica ou técnica especial.
Basta ficar imóvel durante alguns instantes. Uma maneira de conseguir fazer
isto é respirar profundamente e suspirar.
2. Não
leve as coisas tão a sério. Alguém disse uma vez que a pessoa comum não se
julga assim. Não se leve tão a sério. Você está longe de ser tão poderoso ou de
estar no controle das coisas como o seu cérebro acha que está ou tem de estar.
A maioria dos problemas, realizações e preocupações que experimentamos em
determinados momentos é transitória e tem pouquíssima relevância no plano geral
da nossa vida. Um coração pode tornar-se abatido tanto espiritualmente quanto
em termos das mudanças fisiológicas que normalmente acompanham os encargos de
um cérebro inexorável. Não nos esqueçamos da perspicácia do escritor inglês G.
K. Chesterton: “Os anjos voam porque dão a si mesmos uma leve importância”.
3.
Cale-se. Pare de falar, não fale nem mesmo consigo. É uma resolução muito
difícil, pois o cérebro está sempre tagarelando sobre as suas quatro atitudes
básicas: alimento (como conseguir mais comida), luta (como proteger o seu
território), fuga (como se deslocar para outro lugar) e sexo (como obter prazer
físico intenso e imediato). Experimente não dar atenção ao seu cérebro por um
certo espaço de tempo e deixe-o falando sózinho. Tente ser um “observador
oculto”, usando aquela parte de si que está sempre alerta até mesmo quando o
cérebro está em repouso, ela fica de olho nas coisas enquanto você descansa.
Agir menos e falar menos é geralmente bom para a saúde mental, espiritual e
física. Siga o conselho de Oscar Wilde: “Não falo com Deus para não o
entediar”.
4.
Produza ressonância. A cardiocontemplação é uma forma de prece receptiva. Não
significa pedir algo a um Poder Superior ou conversar com esse Poder, mas
prestar atenção à força que existe no interior do coração, pois este tem
profunda percepção da união do indivíduo com o Criador. Escreve o médico Larry
Dossey: “Na sua forma mais simples, a prece é uma atitude do coração - uma
questão de ser, não de agir. A prece é o desejo de nos unirmos ao Absoluto,
seja este concebido como for. Quando experimentamos a necessidade de
estabelecer essa união, estamos numa prece”.
5.
Sinta. Você compartilha a sua energia informativa e memórias celulares com
todos os sistemas no universo. Não se desligue do mundo à sua volta para se
sintonizar com o seu coração. Em vez disso, fique profundamente atento e sinta
com todos os seus sentidos a sua ligação com as árvores, as flores, a água, ou
qualquer outro sistema natural que o cerca.
6.
Aprenda. A cardiocontemplação significa aprender com o coração e "de
cor"ação. Quando dizemos que sabemos alguma coisa “de cor”, geralmente
queremos dizer que a aprendemos bem e de maneira duradoura. Enquanto está
imóvel, anime-se, guarde silêncio, produza ressonância e sinta, fique atento ao
que o seu coração lhe diz sobre a vida, o amor e o trabalho. Tente armazenar as
suas lições como memórias celulares a serem utilizadas futuramente, nos momentos
estressantes da vida.
7.
Ligue-se. Tente transmitir as coisas aprendidas e a energia “V” equilibrada,
alcançadas em estado cardiocontemplativo, ao mundo que o rodeia e fique
igualmente receptivo à energia “V”* que provém de outros corações. A cardiocontemplação
é uma maneira profunda de se tornar uma parte mais completa do mundo e de
melhor o ajudar.
A fim
de o ajudar a sobreviver, o cérebro talvez pense que não depende de ninguém no
mundo, mas o coração sabe que nunca estamos realmente sós.
Para além
da atenção que o coração a tudo dá, é provável que você esteja incessantemente
mergulhado na energia “V” que emana de seu próprio coração como uma mensagem
transmitida por todos os corações à sua volta. As pesquisas mostram que também
é provável que outros corações estejam nos enviando energia informativa neste
exato momento e que podemos nos tornar mais conscientes desse nível de
interdependência de energia “V”.
*
Energia V = energia do coração, também chamada a quinta força
Fonte:
«A Memória das Células - A Sabedoria e o Poder da Energia do Coração», Paul
Pearsall, Ph.D., Ed. Mercuryo, 1999, São Paulo
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