SILENCIAR SENTIMENTOS PODE
COLOCAR A SUA SAÚDE EM RISCO!
Quantas coisas reprimimos
diariamente? Guardamos sentimentos como quem esconde um tesouro roubado, no
entanto, não roubamos sentimentos, portanto, não faz sentido escondê-los de uma
forma tão dura assim. Não é mesmo?
“Você pode se enganar e enganar
muitas pessoas fazendo o papel de bonzinho, de coitadinho ou contar mentiras
para não ferir essa ou aquela pessoa. Você pode esconder tudo de todo mundo,
mas o seu corpo sente e reage as agressões que você tem cometido contra ele.
Se você continua naquele
relacionamento que não suporta mais, naquela rotina que tira a sua alegria,
naquela sociedade que já se desgastou, naquele emprego que rouba o seu prazer,
ou naquela amizade mais falsa que nota de R$ 60,00, o seu corpo vai sentir
essas emoções e como uma bateria, vai carregar e armazenar esses sentimentos,
até que um dia vai explodir como bomba atômica.
Desde crianças, somos obrigados a
segurar ás emoções. Muitos pais ensinam que chorar é “sinal de fraqueza”,
“masturbação é pecado”, “sexo é vergonhoso e ter prazer é coisa de pessoas sem
vergonha”. Desde muito pequeno, vamos sendo castrados em nossos sentimentos e
emoções e quando podemos tomar nossas próprias decisões, em nome de “convenções
da sociedade”, seguramos nossa raiva, nossa indignação, não abraçamos nossos
amigos, não beijamos mais por uma vergonha besta e ridícula. A menina não
abraça a menina por ter medo de ser chamada de “sapatão”, o menino não abraça o
menino com medo de ser chamado de “bicha” e os homossexuais, escondem seus
sentimentos com medo de serem rechaçados pela família e pela “comunidade”.
Assim, vamos armazenando
sentimentos que precisam sair de alguma forma, e normalmente, todas as emoções
se traduzem em raiva e/ou tristeza, uma sombra que se esconde por trás de sua
aparente figura. Quanto mais tempo você sofrer calado, mais doente vai ficar…” – Paulo Roberto Gaefke
É, de fato, no final das contas,
o maior prejudicado é você!
1. O meio-termo entre a
necessidade da fala e o silêncio
Sabemos que o silêncio é sábio, e
é sempre bom pensar antes de falar, afinal, ante algumas palavras ignorantes,
ante um comentário fora do lugar ou ante uma expressão inadequada, optemos
sempre por fechar a boca e agir com mais inteligência do que aquele que fala
sem pensar.
Mas devemos encontrar um
equilíbrio entre o silêncio e defesa de nossas necessidades:
Silenciar nossos sentimentos ou
nossos pensamentos deixa que, a pessoa que está na nossa frente, não saiba que
está nos machucando, ou que está ultrapassando alguns limites. Ninguém consegue
adivinhar o pensamento dos outros, por isso se não dizermos aquilo que nos faz
mal ou que nos ofende, as outras pessoas não o saberão.
Existem silêncios sábios e
palavras sábias. Saber quando se calar e quando falar é, possivelmente, a
melhor habilidade que podemos aprender a desenvolver. Não se trata, de modo
algum, de estar sempre caldo ou de dizer aquilo que temos em mente. Os extremos
nunca são bons. Mantenha o equilíbrio, mas lembre-se sempre que esconder os
sentimentos pode nos machucar. Você permite que outros invadam seu espaço
pessoal, que atravessem os limites e que falem por você ou que escolham por
você. No final, você será quase uma marionete guiada por fios alheios.
2. As palavras silenciadas
convertem-se em doenças psicossomáticas
Você não ficará surpreso em saber
que a mente e o corpo estão intimamente relacionados e conectados. A conexão é
tão grande que os especialistas advertem que quase 40% da população sofre ou
sofreu em sua vida com alguma doença psicossomática.
O nervosismo, por exemplo, altera
nossas digestões, causa diarreias ou a clássica dor de cabeça. Muitos herpes
labiais são desencadeados por processos de estresse elevados, de nervosismo e
febre. Logo, ficar calado todos os dias e internalizar o que sentimos e o que
pensamos gera em nosso organismo uma alta carga de ansiedade.
Pense em todas aquelas palavras
que não deseja dizer aos seus pais ou aos seus amigos para não ferir seus
sentimentos. Eles fazem as coisas por você pensando que estão ajudando, quando
na verdade não estão contribuindo. Por que você não conta a verdade?
Tudo isso, no final, irá originar
doenças psicossomáticas, enxaquecas, pressão alta, cansaço crônico.
3. Dizer em voz alta suas
palavras: a chave do desabafo emocional
Não tenha medo de escutar sua
própria voz, e muito menos que os outros também o façam. É algo tão necessário
como respirar, como comer, dormir. A comunicação emocional é ideal para o nosso
dia a dia, para estabelecer relações mais saudáveis com os demais e,
logicamente, com nós mesmos.
Aqui vão algumas dicas básicas
para obter sucesso:
– Pense que tudo tem um limite.
Se não dizermos em voz alta tudo aquilo que pensamos e sentimos, não estaremos
atuando com dignidade, perderemos nossa autoestima e o controle de nossa vida.
Primeiramente, tome consciência de que dizer o que está pensando e precisando é
um direito.
– Dizer o que você pensa não é
causar danos a ninguém. Significa se defender e, por sua vez, informar aos
demais de uma realidade que deveriam conhecer.
–Não fique preocupado com a
reação das outras pessoas, não tenha medo. Porém, se você se preocupa muito com
o que pode acontecer, pode se preparar ante as possíveis reações. Um exemplo:
está cansado do fato de que seus pais apareçam em sua casa todos os finais de
semana e que não está tendo relações com seu companheiro. De que maneira você
acredita que irão reagir? Se você acredita que eles irão ficar chateados,
prepare-se para justificar que não existe razão para magoas. Caso você pense
que eles ficarão machucados, prepare também o modo como irá argumentar, para
não feri-los.
Pense que as palavras, dizer em
voz alta aquilo que sentimos e pensamos é, na verdade, o melhor modo de
liberação emocional que existe. Pratique-o com sabedoria, cuide de si mesmo.
https://osegredo.com.br
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