REIKI E BODHICITTA
Wolf Logan, um estudioso do assunto, acredita que Reiki é
uma palavra que Mikao Usui usou para traduzir o termo budista Bodhicitta
("o coração da mente iluminada"), que se refere a essência da
compaixão em ação. Em literatura budista, Bodhicitta é descrito em condições
semelhantes às do Reiki, ou seja:
É o Elixir Supremo
Que Supera a Soberania da Morte
É o Tesouro Inesgotável
Que elimina a Pobreza do Mundo.
É o Medicamento Supremo
Que Suprime a Doença do Mundo.
É a Árvore que abriga todos os Seres cansados e que vagam na
senda da existência condicionada.
É a Ponte Universal
Que Conduz à liberação dos Estados Infelizes de Nascimento.
Traduzindo, Bodhicitta, o tesouro inestimável, é composta
pelos " quatro incomensuráveis" do budismo, ou seja: Amor, Compaixão,
Alegria e Equanimidade!, é a aspiração fundamental pelo bem dos outros.
Quando estes incomensuráveis se integram em nosso espírito,
nossa personalidade passa a ser guiada pelo mesmo e nos tornamos incapazes de
fazer o mal a quem quer que seja.
Sem Bodhicitta " Amor e Compaixão", toda prática
espiritual torna-se vazia e não conduzirá ao despertar.
Bodhicitta é a essência do Reiki.
Bokar Rimpoche em seu livro "Tchenrezi", diz: É a
eletricidade das práticas espirituais. Se ela é cortada, nada mais
funciona".
Esta força maior é a
da Mente Iluminada, uma mente não mais de Pensamento mais alto, mas de luz
espiritual. Aqui a claridade da inteligência espiritual, sua tranquila luz
diurna, dá lugar ou se subordina a um brilho intenso, um esplendor e iluminação
do espírito: um jogo de relâmpagos de verdade e de poder espiritual
desencadeia-se do alto para dentro da consciência e adiciona à calma e ampla
iluminação e à vasta descida de paz que caracterizam ou acompanham a ação do
princípio espiritual-conceitual maior, um fogoso ardor de realização e
um arrebatado êxtase de conhecimento. Uma vertente de Luz interiormente visível
quase sempre envolve esta ação; pois deve-se notar que, ao contrário de nossas
concepções usuais, luz não é primariamente uma criação material, e o sentido ou
visão de luz que acompanha a iluminação interior não é meramente uma imagem
visual subjetiva ou um fenômeno simbólico: luz é primordialmente uma
manifestação espiritual da Realidade Divina iluminadora e criativa; luz
material é uma representação ou conversão subsequente dela dentro da Matéria,
para os propósitos da Energia material. Há também nesta descida a chegada de
uma dinâmica maior, um ímpeto dourado, um entusiasmo luminoso de força e poder
internos que substitui o processo comparativamente lento e deliberado da Mente
Mais Alta por um ímpeto veloz, às vezes veemente, quase violento, de
transformação rápida.
A Mente Iluminada não
trabalha primariamente por pensamento, mas por visão; o pensamento aqui é
apenas um movimento subordinado expressivo da visão. A mente humana, que
confia principalmente no pensamento, concebe-o como sendo o mais alto ou o
principal processo de conhecimento; mas na ordem espiritual o pensamento é um
processo secundário e não indispensável.
Uma consciência que
procede por visão, a consciência daquele que vê, é um poder de conhecimento
maior do que a consciência do pensador. O poder perceptivo da visão interior é
maior e mais direto que o poder perceptivo do pensamento: é um senso espiritual
que capta algo da substância da Verdade, e não apenas sua figura; mas ele
também delineia a figura, e ao mesmo tempo apanha a significação da figura, e
ele pode corporificá-la com um contorno revelador mais belo e mais audacioso e
com uma compreensão e poder da totalidade maiores do que o que pode conseguir a
concepção do pensamento.
Sri
Aurobindo em, A evolução futura do homem
Agradecemos a inclusão deste blog em
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Honre o Divino em você, honrando o Divino nos
outros.
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