SOLIDÃO
Solitários no meio da multidão
Você já vivenciou a sensação de
estar no meio de muita gente, mas mesmo assim ainda se sentir muito solitário?
Como sociedade, nunca estivemos com tantas pessoas ao nosso redor, e ao mesmo
tempo nunca nos sentimos tão sozinhos.
Por que isso acontece?
Vivemos numa sociedade urgente,
rápida e ansiosa. Nunca as pessoas tiveram uma mente tão agitada e estressada.
Paciência e tolerância a contrariedades, estão se tornando artigos de luxo.
Estamos na era da indústria do entretenimento e, paradoxalmente, na era do
tédio.
É muito triste descobrir que
grande parte dos seres humanos de todas as nações, não sabe ficar só, se
interiorizar, refletir sobre a própria existência, se curtir, ter um auto
diálogo. Conhecemos muitos nas redes sociais, mas raramente conhecemos alguém a
fundo e, o que é pior, raramente conhecemos a nós mesmos.
O fato é que não importa quem
esteja ao nosso lado, a quantidade de pessoas com as quais convivemos ou os
lugares e situações dos quais fazemos parte. Se nossa relação com nosso Eu não
estiver equilibrada, nunca encontraremos do lado de fora a paz que nos falta do
lado de dentro.
Muitas pessoas acreditam que
precisam melhorar sua condição financeira, trocar de emprego, de
relacionamento, de casa, de cidade ou até mesmo de país para serem felizes.
Iludem-se, pensando que a felicidade vai chegar em algum momento específico,
quando algo diferente acontecer. E muitos passam a vida inteira esperando por
esse momento, que nunca chega.
Mas de onde vem afinal a solidão?
Definitivamente, não vem do abandono do outro, acredite! A dura realidade é que
a solidão vem quando somos abandonados por nós mesmos. E o autoabandono é a
agressão mais profunda que podemos experienciar.
Muito bem, o que fazer então?
O primeiro passo para alguém se
reconstruir é se descobrir. Como podemos apreciar nossa própria companhia, se
não nos conhecemos? Como você se sente ao ficar numa sala vazia com uma pessoa
que você mal conhece? Estranho, não? Falta intimidade, falta assunto, falta
espontaneidade e conexão.
Portanto, o autoconhecimento é
fundamental. Saber do que gosto, e principalmente do que não gosto, o que me dá
prazer, o que faz meu coração vibrar, quais lugares gosto de frequentar, que
comidas nutrem não só meu corpo, mas também minha alma, que pessoas me fazem
bem, que atividades me trazem felicidade.... A lista é extensa.
A grande pergunta é: quem sou eu?
Quem sou eu quando ninguém está olhando? Quem sou eu quando não estou
desempenhando nenhum dos meus papéis, de pai, filho, profissional?
Saber amar a si mesmo,
reconhecendo a beleza de toda sua imperfeição, sua humanidade, e admirar-se por
isso, é a garantia de manter longe a solidão. É claro que esse não é um
processo rápido, e que está longe de ser simples, mas toda grande caminhada
começa com um primeiro passo.
Que tal começar agora?
Lívia Teixeira
Academia de Gestão da Emoçao-Augusto Cury
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