Respeite o Fluxo
Atire a primeira pedra quem nunca sofreu com variações de
ânimo e humor. Pois é… altos e baixos
são comuns e afetam quase todas as pessoas. A boa notícia é que dá pra atingir
um meio-termo, uma situação gostosa e confortável. Essa conquista depende
somente de você. O que nos leva aos baixos são os nossos próprios pensamentos,
você sabia? Se eles são levados a sério, se materializam em atitudes e crenças,
e causam sensações desagradáveis. Em outras palavras: as variações de humor têm
a ver com a maneira como vemos a vida.
Pense, por exemplo, na atitude que você nutre em relação a
si mesma. O que mais deprime você é a auto condenação. Você ignora suas
vontades e sentimentos, e abre mão da própria natureza para seguir um modelo
que a sociedade estabeleceu. Assim, você se sabota e se torna uma pessoa
infeliz.
Não, não e não! É hora de ir contra tudo isso. De uma vez
por todas, fique do seu lado. O importante é o que você sente, e não o “certo”
que o sistema insiste em nos impor. Comece — agora — a dizer a si mesma como
você é boa. Observe suas conquistas e reconheça que você merece parabéns.
Cultive a auto aceitação. Jogue fora aquele eterno “eu deveria” e tenha a
certeza de que não há nada de errado em você. Só de fazer isso você irá se
levantar na hora. É impressionante como esses atos nos livram dos pensamentos
negativos.
Já os momentos de ânimo devem ser vistos com cuidado —
alguns deles costumam ser falsos. Pode reparar: eles vêm logo depois dos
baixos, em forma de euforia. Por exemplo: aquela pessoa que usa o cartão de
crédito loucamente, achando que irá resolver todas as mágoas. Depois ela se
arrepende, é claro. E o pior: fica novamente deprimida. O que eu quero que você
entenda, é que precisamos adotar uma posição central, sempre! Como conseguir
isso? Tente não querer ser mais. Assuma seus erros com leveza. Ria de si. Seja
sua grande amiga. Diga em alto e bom som:
“Não quero ser a mais perfeita, a bacaninha. Quero ficar numa boa
comigo. Não vou mais carregar o mundo. Livro-me do que os outros esperam de
mim. Tiro o papel de maravilhosa. Jogo fora! Vou ficando num ponto tranquilo
dentro de mim — calma, lúcida… Agora, observo tudo com moderação, com cuidado.
Olho bem as coisas para ver como elas realmente são. Depois dessa análise é que
tomo uma atitude”.
E então, encontrou a chave do equilíbrio? É isso:
preocupe-se apenas com a sua sensação. Se você adotar o “me encontrei, me
senti”, alcançará a harmonia que tanto busca. Purifique-se! Isso significa
estar consciente, calma e com boa-vontade em relação a você e a tudo que faz
bem à sua alma. Livre-se da vontade de ficar mal.
É preciso enxergar bem os prejuízos para ter a certeza de
que algo é ruim. Assim também ocorre com o que causa bem-estar e nos traz
benefícios. Tudo pode ser importante: depende do momento. Nenhum comportamento
é inteiramente mal ou bom. O importante é saber diferenciar, ter moderação.
Coloque-se em paz com o universo e com a vida. Queira bem a si mesma em todas
as situações e entenda que cada situação tem a própria hora de acontecer.
Respeitar o fluxo da vida é a única maneira de alcançar o equilíbrio.
Luiz Gasparetto
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