As Sete Lições do Bambu
As Lições do bambú
A primeira: vem o vento, a tempestade, o tufão e o
terremoto, não importa. O bambu não se dobra, apenas curva-se momentaneamente e
logo retorna à sua posição original, reta e digna. Por não oferecer
resistência, o bambu não se quebra quando a intempérie o atinge. Deixe passar
as intempéries de sua vida, seja maleável na vida e logo que possível retome
sua dignidade.
A segunda: o bambu possui raízes enormes, profundas, tão
grandes quanto sua altura. Ao ser plantado, o bambu demora anos construíndo
suas raízes para que só depois apareçam o caule, as folhas. A base tem que
estar firme e forte antes de se ganhar o mundo exterior.
Ou seja, o crescimento não se dá só em aparência, há uma
enorme raíz que sustenta e alimenta a alma do bambu. Aumente suas raízes,
aprofunde-as. Não seja tão superficial. E tenha paciência para aguardar que
suas raízes estejam prontas.
A terceira: um pé de bambu não cresce sozinho, cresce em
conjunto com outros iguais. Note que um bambuzal parece formar uma enorme
estrutura única, um entrelaçamento de irmãos-bambu.. Por isso é muito difícil
arrancar um pé de bambu, as raízes entrelaçadas de vários pés oferecem
resistência, as hastes apoio, as folhas de todos protegem o solo de todos. Seja
assim na vida, procure cooperar e cooperadores, a união realmente faz a força e
muitas vezes significa sobrevivência.
A quarta: o bambu, de caule lenhificado e longo, não perde
energia e tempo na vida criando inúmeros, longos e complicados galhos. Sua
leveza permite um crescimento rápido, para o alto. As folhas excessivas logo se
desprendem (retornam) ao solo. Então perca menos tempo e energia com tantas
folhas e galhos desnecessários. Com certeza sua vida está cheia de galhos
enormes...e milhares de galhos pequenos e bobos que apenas servem para envergar
o seu tronco, sua alma.
A quinta: que seja oco o bambu, mas seus nós o tornam muito
forte e resistente. Os nós representam nosso fortalecimento na alma, a força
que nos faz aturar e resolver nossos problemas. Apenas a aparência é de
fragilidade. E na solução dos problemas criamos novos nós, que nos fortalecerão
ainda mais o espírito. Portanto, nem todo problema na vida é necessariamente
algo ruim, pode ser a chave do seu crescimento interior.
A sexta:ainda sobre a oquidão do bambu, os vazios
representam o abandono, o desapego do que nos rouba a paz, o tempo, o amor, a
tranqüilidade. No oco há espaço para a alma mais sutil e leve, apenas essência
sem peso nem forma, a mais pura forma de evolução interior. Sua alma pesada te
leva ao chão, à depressão, o esgotamento físico e mental.
A sétima: o bambu cresce e mira apenas o Alto. Sejamos assim
na vida, em busca do céu, do Alto, do melhor,. Embaixo que fiquem as pedras, a
poeira aos nossos pés. E nossa cabeça longe do baixo, do nível do chão, olhando
para cima e apenas para lá.
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