A ARTE DA AUTOACEITAÇÃO - Parte I
Dr. Ronald Alexander
Exercícios poderosos para
abandonar o autojulgamento e os pensamentos negativos
Muitas pessoas se apegam ao mito
de que aqueles que são bem sucedidos inevitavelmente se sentem bem consigo
mesmos e estão livres de dúvidas e inseguranças. Muitos clientes com quem
trabalho possuem realizações e reputações de respeito e admiração, ainda que a
falta de autoaceitação e autofala negativa seja, na maioria das vezes, brutal.
Um dos maiores obstáculos para a
transformação criativa e o aprofundamento na autoaceitação são autojulgamentos
não saudáveis, e todos nós os temos. A capacidade da mente de gerar tais
julgamentos é muito poderosa, porque está trabalhando com uma programação
neural antiga, que deve ser reescrita uma e outra vez antes que processos de
pensamento novos e saudáveis se tornem habituais. Com padrões de pensamento
mais saudáveis, é muito mais fácil deixar a resistência, sintonizar suas
paixões e recursos internos e avançar com autoconfiança.
"Quando existe apego,
contemple a impermanência, a insatisfação e o Não-Ser". - Buda
Tornar-se mais perspicaz e
reflexivo através da prática consciente leva a uma maior conscientização dos
autojuízos insalubres. Não espere transformar rapidamente o que geralmente são
hábitos de pensamento ao longo da vida.
DESCOBRINDO E BANINDO JUÍZOS
OCULTOS E NÃO SAUDÁVEIS
Alguns julgamentos de si mesmo
são neutros e não criam fortes sentimentos de raiva, alegria, tristeza ou
emoção. Eles são simplesmente parte de sua autodefinição e não têm nenhuma
bagagem emocional.
Se você não está atento, talvez
não perceba quando os pensamentos, sentimentos, emoções conectados a um
autojulgamento aparentemente neutro são insalubres. Muitas vezes, a mente
racional acumula uma série de distorções, como "Eu sou tímido, minha
timidez me torna pouco atrativo "; “Minha mãe nunca gostou daquilo, e
pareço envergonhar meus irmãos” ...
Através da prática de atenção
plena e da autoindagação, você pode tornar qualquer mau autojulgamento em
neutro.
ILUMINADO E VIVENDO COM ELEVADA
PROTEÇÃO
Você nunca se livrará dos seus
maus autojulgamentos e estará completamente livre do sofrimento que causam. No
entanto, você pode alterar sua qualidade, aprender com eles e deixá-los ir ou
transformá-los para que eles não bloqueiem mais a sensação de bem-estar, e de
uma abertura para novas possibilidades, amor próprio e autoaceitação. Na
maioria das vezes, quando você solta seus maus autojuízos, você descobre
aspectos de você que o inspiram e o vitalizam. Você começa a ter fé que pode
viver de forma mais autêntica e rica.
Você pode não perceber que seus
maus julgamentos de suas qualidades estão impedindo você de uma transformação
criativa. Ao tolerar o desconforto de examinar seus julgamentos pessoais e
deixar surgir pensamentos, sentimentos e sensações insalubres, você pode
drená-los evitando que assustem ou sufoquem você . Em uma crise, você pode usar
os aspectos saudáveis dessas qualidades para levá-lo a sair do sofrimento.
EVITANDO A AUTORREFLEXÃO DOLOROSA
Alguns de nossos julgamentos são
tão dolorosos que impedimos nossa mente consciente de trazê-los para a
superfície. Sentimos que, como o rosto da Medusa, se os olhássemos eles
criariam tantos temores e angústias para nós, que nos tornaria petrificados,
incapazes de sair do nosso sofrimento. Ninguém quer enfrentar um pensamento
doloroso como "Eu sou um pai ruim" ou "Pessoas importantes na
minha vida não me respeitam", mas tais crenças insalubres e destrutivas
sobre nós mesmos estão dentro. E nosso medo as amplificam.
Ao usar a atenção plena e a arte
da transformação criativa, você pode enfrentar a verdade sobre você e manter a
fé de que cada uma de suas qualidades pode ser extraída em seus aspectos
benéficos.
EVITANDO A DOR DA AUTODESCOBERTA
A prática de atenção mental
quebra os comportamentos de evasão, permitindo que os julgamentos ocultos sejam
tocados. Muitas vezes, somos tentados a minimizar sua importância, na vã
esperança de aliviar a dor de estar ciente de nossas "imperfeições".
O medo de que você não pode mudar
pode empurrá-lo para a negação. A pesquisa sobre a meditação consciente mostra
que as qualidades que pensamos serem imutáveis, que formam o temperamento e
caráter, podem realmente ser significativamente alteradas.
Ao reconciliar sua mente através
da prática consciente, você cria novas redes neurais.
TRANSFORMANDO A AUTODÚVIDA EM
AUTOACEITAÇÃO
O primeiro passo para dissolver
qualquer pensamento, crença, julgamento, emoção ou sentimento insalubre é
simplesmente vê-lo surgir em sua mente. Em seguida, você identifica como
saudável, insalubre ou neutro, e lida com isso de acordo.
Se é saudável, saboreie-o,
experimente-o completamente e tire força e alegria. Se é insalubre, volte para
ele durante e após a sua meditação, e examine os padrões mentais que o geraram,
redimensionando conscientemente esses padrões para a autoaceitação e, em
seguida, reforce os novos através da prática de atenção plena.
Este processo parece simples, mas
você pode achar que as sensações e as emoções que acompanham seus duros
julgamentos são tão dolorosas que você rapidamente descobre uma desculpa para
terminar a meditação, não analisa o que surge na sua consciência. Ceder aos
comportamentos de esquivar-se bloqueia também a possibilidade de ter clareza
sobre quaisquer autojulgamentos saudáveis.
Porque ao conhecê-los pode dar-lhe
mais autoconfiança para aceitar que às vezes você exiba qualidades não
saudáveis, mas você pode mudar.
Este artigo sobre cultivar a
autoaceitação e superar o autojulgamento é um excerto, com permissão, do livro
do Dr. Ronald Alexander, Wise Mind, Open Mind: Finding Purpose and Meaning in
Times of Crisis, Loss and Change (New Harbinger Publications, 2009).
Tradução resumida de Vilma
Capuano
https://www.consciouslifestylemag.com/self-acceptance-self-…
https://www.facebook.com/vilma.capuano
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