Medo e indecisão
A indecisão é filha do medo!
Lembre-se deste fato, enquanto lê. A indecisão cristaliza-se como dúvida, as
duas se combinam e se transformam em medo! O processo de mistura é muitas vezes
lento. E esta é uma das razões porque os três inimigos são tão perigosos.
Germinam e crescem sem que nos apercebamos de sua presença.”
Vivi quase toda a vida com medo,
dúvidas e hesitações, um verdadeiro tormento a cada vez que tinha que decidir
qualquer coisa, por menor que fosse. De vez em quando lembrava pesaroso do tema
da redação do vestibular: “toda decisão é um ato de agressão contra a pessoa
que decide”. Sentia-me agredido ao “ser obrigado” a decidir qualquer coisa.
Acabava pensando, pensando e
pensando sobre a decisão e, invariavelmente, deixava oportunidades passarem.
Era algo horrível, já tinha acontecido muitas vezes, inclusive e principalmente
com mulheres, o que acabava sendo “justificado” pelo fato de sempre ter sido
muito “tímido”. Finalmente via que a “timidez” não é uma característica
pessoal, mas uma verdadeira doença, resultado de vários medos associados
conspirando contra mim em minha própria mente.
Segundo Napoleon existem “Seis
Medos Básicos” e “A Oficina do Diabo”:
O medo da pobreza
O medo da crítica
O medo das doenças
O medo da perda do amor de alguém
O medo da velhice
O medo da morte e A
Susceptibilidade a Influências Negativas
Mais e mais luz estava sendo
enfocada naquele labirinto escuro que era a minha mente, meu único ativo, que
por muitos anos tinha sido meu principal passivo, como começava a descobrir.
Gostei muito quando o Napoleon
diz que “os medos nada mais são do que estados mentais. E nosso estado mental
está sujeito a controle e direção.” Havia alguma esperança para mim, mas agora
precisava lidar com cada um daqueles medos para exorcizá-los de minha mente, de
forma definitiva não só para poder alcançar a riqueza, mas também a paz
interior mental do Clone Rico.
Fiz um inventário de mim mesmo e
percebi que era vítima de todos os sete vilões, principalmente dos medos da
pobreza, críticas e velhice. Também era suscetível a influências, não
importando se positivas ou negativas. Mudava muito facilmente de opinião,
bastando encontrar alguém que considerasse ter mais condições de decidir do que
“eu”.
Era muito fácil achar quem
tivesse esta característica, já que “eu” estava sempre indeciso e em dúvida com
relação a tudo. Estava sempre sem rumo e tentando achar alguém que me
orientasse. O pior é que quando as coisas acabavam ocorrendo com freqüência de
forma diferente do que eu imaginava, culpava aquele que tinha me orientado
inicialmente. Era susceptível a influências, não confiava em mim para decidir e
sempre achava algum responsável para culpar quando algo dava “errado”. Que
horrível!
Então, além de me reconhecer como
medroso, vítima de pelo menos seis tipos de medo, também tinha que me
reconhecer como um cara que mudava facilmente de decisão, quando alguém mais
dava um palpite. Acabavam sendo claras as razões do meu insucesso. Percebi que
devia fazer algo para me curar de uma doença que nem mesmo sabia que existia no
início daquela peregrinação.
Pensei: “Em minha mente está a
chave do meu próprio sucesso!” Não precisava ir muito adiante para achá-la, mas
precisa começar a questionar cada aspecto da maneira como “aquela mente”
funcionava. Era preciso ir fundo, “precisava conhecer a mim mesmo”, como A Arte
de Guerra, de Sun Tzu, reforça: “Se conhecemos o inimigo e a nós mesmos, não
precisamos temer o resultado de uma centena de combates.”
Que sensação horrível reconhecer
finalmente que, por não me conhecer, não só tinha temido uma centena de
combates como tinha perdido a maioria deles.
Do livro: CLONE Rico, CLONE Pobre
– Losf
Francisco -Academia do Aprendiz
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