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terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

VIDA E CONSCIÊNCIA


Nada interessa a não ser o momento presente. E ele está onde você se encontra. Tendo isso em mente, ficará mais fácil de compreender a realidade que está sendo moldada por você. Ao concentrar-se em um ponto alheio a si, você está semiconsciente.
Sim, não importa que você já tenha conhecimento de que é um espírito imortal, de que é Deus, de que o mundo é uma ilusão e tudo mais. Sempre que você dá mais força a uma projeção do que a si mesmo, não está mais consciente.
A consciência consiste em vivenciar de maneira profunda quem você é. Veja que usei o termo vivenciar ao invés de autoconhecimento, pois implica a não intelectualização deste processo, ajudando a compreender o que significa autoconhecer-se.
O conhecimento superficial, puramente especulativo, não constitui consciência, ao contrário, é mais uma das artimanhas da mente. E isso é importante de se perceber.
Apenas a consciência pode libertar o homem de Maya. Aquele que chega ao término da experiência de vida sem um nível adequado de atenção, desvanecerá em sono profundo até o próximo renascer e uma nova experiência inconsciente, desprovido de memória e de um conhecimento razoável sobre si mesmo. Ou seja, começará tudo de novo.
A ligação entre você e o divino continuará nublada, havendo novamente a necessidade de reencarnação.
Você pode achar que seus conhecimentos sobre espíritos, sobre Maya e sobre Deus são suficientes para se libertar, mas devo lhe dizer que há um equívoco nessa premissa. Não é isso que liberta. Isso constitui conhecimento da mente, porém de nada adiantará enquanto não houver um estado constante de autociência. Só teoria não adianta, a prática se faz necessária.
Somente no estado de consciência perene é que o conhecimento será importante, do contrário será apenas uma das muitas criações mentais que você perpetua durante sua vida, constituindo um compêndio de emoções, mentalizações, frustrações, medos e dores. Aqui, a ilusão de você mesmo continuará presente.
Logo, para realmente reconectar-se ao Divino, à Criação, é necessário que você não apenas saiba quem é, mas que coloque em prática aquilo que sabe.
Não adianta saber que é imortal se você ainda sente raiva descontrolada, ainda dá mais atenção ao externo, ainda se foca só em dor e desgraças, ainda acha o sofrimento romântico, ainda alimenta o medo. Tudo isso o coloca contra o Fluxo da Criação, contra a ordem natural da existência.
Ao saber que é Deus, você deve fazer juz ao seu conhecimento. As limitações materiais criadas pelo seu falso eu estão na mais densa das realidades e não condizem com aquilo que você é de verdade. Se antes tiveram seu papel, agora é hora de transcendê-las exercendo sua divindade como co-criador.
Quando você compreender tudo isso de maneira profunda, estará finalmente adquirindo consciência e começando a percorrer o caminho de volta para casa.

Marcos Keld

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