A baixa autoestima, resultado de uma visão distorcida e negativa de si, começa a se manifestar na adolescência e ganha massa na idade adulta atuando de várias formas distintas e aparentemente incongruentes. É um processo sintomático dicotômico, onde fragmentos da personalidade opostos são igualmente verdadeiros. O que eu quero dizer é que uma pessoa sem amor próprio pode manifestar tal aspecto através de uma personalidade tímida, sem opinião própria e totalmente submissa aos familiares, amigos e parceiro afetivo. Mas pode também apresentar uma postura totalmente oposta da primeira, onde vai adotar um sistema rígido de pensamento e ideias se achando sempre o rei da razão, com um nível altíssimo de exibicionismo e também com a tendência de tentar subjugar as pessoas ao seu redor. Esse perfil de comportamento é conhecido como síndrome do pavão, narcisismo ou egocentrismo, e geralmente é muito mal recebida pela sociedade em geral. A pessoa quer ser o centro das atenções e de certa forma consegue isso, só que pelo lado negativo.
A causa que atua nesses dois espectros é a mesma: falta de amor próprio, mas os efeitos que serão manifestados na personalidade são opostos. Em ambos os casos o resultado final será o mesmo: sofrimento, confusão e adoecimento da mente e do corpo.
Por trás de todo exibicionista existe uma criança muito ferida que pede por socorro, que precisa desesperadamente se auto afirmar e se sentir admirada. Não se engane percebendo apenas a forma como alguém se mostra ao mundo, pois essa forma nunca refletirá o conteúdo em sua totalidade.
Diogo Beltrame
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