Páginas

sexta-feira, 23 de julho de 2021

O Silêncio da Alma

 


 

Hoje sinto que devo falar no silêncio da Alma. É através do exercício da mente, designadamente através da disciplina quotidiana da prática do silêncio, que vamos conseguindo voltar ao contacto com a nossa ALMA.

Mas que silêncio é este?

Um ser é constituído por diversos corpos sem os quais dificilmente se poderia exprimir no mundo físico que nos rodeia. Aqueles que todos nós rapidamente nos damos conta e com os quais mais facilmente nos identificamos são:

O Corpo físico – aquele com o qual nos expressamos nas três dimensões espaciais, constituído essencialmente por água e carbono;

O Corpo emocional – com o qual exprimimos os nossos sentimentos e condicionamos muitos dos nossos comportamentos e atitudes;

O Corpos mental – com o qual construímos a razão e controlamos os outros dois corpos anteriores.

Quando nos perguntamos: Quem sou eu? Muitas vezes referenciamo-nos através dos

atributos deste três corpos e ao fazê-lo normalmente conseguimos identificar a nossa personalidade, nas não completamente o nosso ser – no fundo o tal EGO de que já falamos em posts anteriores.

Mas subtilmente existe um outro que só nos damos conta dele quando conseguimos aquietar a nossa mente e o fluxo continuado de pensamento muitos deles egoicos. A este corpo subtil que alberga a nossa essência espiritual, designa-se normalmente por ALMA.

 

A nossa Alma é assim esta presença, o observador de nós próprios que se constitui na vacuidade dos nosso pensamentos, que não critica, não julga e não objecta, mas que sente, que intui, que se coloca no agora da nossa existência, sem ter uma dimensão espacial e temporal.

Aprender a viver com ela, intimamente ligados e vivenciando a vida, leva-nos a uma característica de estar e ser, com três atributos essenciais que são: a doçura, a candura e a elegância.

 

O alinhamento dos três corpos enunciados anteriormente com a Alma é uma prática se só será possível através do silêncio, da vacuidade e com a acalmia dos nossos pensamentos. Não basta fazer o silêncio sonoro ou se quiserem a ausência de som externo. Temos mesmo de procurar não pensar…

de provocar o nosso silêncio interior. É deste silêncio que falo.

 

Experimentem já hoje, apenas durante alguns segundos. Se quiserem usem uma música

relaxante. Experimentem no seu dia-a-dia a contenção verbal. Vão ver que aos poucos vão fazendo emergir de si… bem lá do fundo do corpo… a vossa ALMA. De início só durante pouco tempo e muito escassas vezes mas aos poucos e poucos vai ficando cada vez mais presente.

 

Vivam cada vez mais com a ALMA.

Fiquem bem.

 

(A Mónada)



Nenhum comentário:

Postar um comentário