“A mente humana possui vários estratos
de consciências que captam e decodificam as várias relações vivenciadas
pelo ser em cada nível de expressão da vida.
A mente concreta
rege a experiência do ego e se identifica com os aspectos materiais mais
densos da existência sobre a Terra. É uma mente lenta, pouco flexível,
resistente, limitada em si, com baixo potencial criativo, dual,
vivencia a ilusão e o sofrimento. É responsável por sentidos de
julgamentos, análises e criação de sentimentos como apego, medo, ciúme,
raiva, inveja, etc. Retêm elementos de natureza animal, resquícios da
evolução coletiva desta raça humana planetária. Analítica, possessiva,
linear e racional. É a mente onde os sistemas de crenças ficam
depositados e a superficialidade da vida é experimentada. Reflete uma
aura fricativa tamásica [...]
A mente humana mais primitiva
(concreta), como um componente evolutivo ancestral do reino animal,
conduz o ser humano a permanecer em atividades básicas sociais
características da sobrevivência animal (alimentar-se, reproduzir-se e
proteger a família).
Quando a mente da alma inicia o seu
despertar, estas atividades da mente animal humana vão perdendo as suas
importâncias. O ser humano passa, então e somente a partir daí, a
observar e a buscar temas de autoconhecimento transcendentais para a sua
vida existencial.
A mente abstrata do ser humano, após vivenciar
uma série de purificações e harmonizações para com a mente concreta,
pode transcender realidades materiais e sentimentos desarmônicos densos
não mais se associando a estas experiências. Desta forma, alimentos
físicos podem desinteressar a consciência do ser, assim como sentimentos
de raiva, inveja, apego, ciúme, desejo, etc. Emitindo uma vibração
cerebral mais sutil, a mente abstrata se identifica com nutrientes mais
sutis, sejam de ordem física ou emocional.” (Do livro “VIA CORAÇÃO,
caminhos da transformação”, págs 158 e 159, HorácioNetho, Ed. Alfabeto,
2011)
“Cada estrato de consciência
mental humana ressoa e se sintoniza com as leis correspondentes aos planos de
manifestações da sua natureza. Desta forma, a mente concreta é o veículo que
reconhece as leis naturais da vida. De outra forma, a mente abstrata acolhe e
reconhece as leis sobrenaturais que regem as sua experiências, ainda
planetárias.
Por sua vez, a mente simbólica superior é o
veículo que transita conscientemente pelas leis supranaturais das realidades
cósmicas, alçando os limites além da órbita terrena. O despertar de uma mente
abstrata requer condições energéticas e vibratórias, capazes para acolher e
sustentar a sua natureza. Para isto, a concentração, a purificação e a
organização mental são pré-requisitos indispensáveis. Esta é uma mente mais
flexível, altruísta, criativa e desapegada. Tende ao silêncio, às artes, ao
fabuloso, aos sonhos, ao mistério e à atemporalidade. Investigativa e
inclusiva. Reflete uma aura elétrica rajásica.
Devido ao grande acervo de
instruções que foram posicionadas, na Terra e nos últimos milênios, relacionado
aos temas religiosos, espirituais ou transcendentais, uma mente humana
investigadora pode gerar uma imagem distorcida das realidades cósmicas,
influenciada por parte deste acervo contaminado e manipulado ignorantemente
dentro do reino humano. Pureza de intenção, oração sincera e aspiração
entregue corrigem esta possível distorção.
A mente de um ser que já possua o seu corpo de
luz (merkabah) desperto é conhecida, no Budismo, como Bodhichitta, ou mente
iluminada. Esta mente é altruísta por sua natureza inerente e é a base sob a
qual a vida cósmica inicia a sua revelação direta à consciência de um ser
humano terreno. Bodhichitta é a mente de contato com os seres cósmicos que
pertencem aos reinos superiores ao humano, assim como também com os Mestres
humanos cósmicos em serviço, na Terra.
Uma mente humana terrena
ilumina-se através de um evento iniciático, consciente, onde o próprio ser
experimentará pela primeira vez a energia da Luz celestial. As iniciações mais
elevadas para a consciência humana, na Terra, não são vivenciadas diretamente
pela mente concreta do ser. São redimensionadas e refletidas nela, mas não são
compreensíveis à sua natureza. Ocorrem em caráter paradoxal (paralelo à mente)
para a sua natureza, não a toca e para se fazer sensível, serve-se do estado
meditativo, ponte que alça esta consciência aos sítios das mentes superiores
[...]
A transcendência de elevação das
consciências mentais, nível a nível, requer uma série de práticas e vivências
que destinam o ser humano terreno a uma perfeição arquetípica projetada pela
Fonte para este planeta. Quanto mais um ser humano desenvolver um
discernimento superior para reconhecer os sinais que o seu caminho evolutivo
lhe propõe, mais Amor Sabedoria será manifestado em sua vida, rumo aos
desígnios de aperfeiçoamento dos projetos da Fonte Central da vida.” (Do livro
“VIA CORAÇÃO,caminhos da transformação”, págs 160 e 161, Horácio Netho, Ed.
Alfabeto,2011)
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