Com o desenvolvimento e a popularização das redes
sociais, cada vez mais o “ter” para mostrar aos outros e, propositalmente ou
não, causar inveja se populariza entre as pessoas. Não adianta ir para Paris e
tomar champagne na Torre Eiffel, mas é preciso também esbanjar e revelar
ao mundo que você foi à capital francesa e tomou a chiquérrima bebida em um dos
principais pontos turísticos do planeta. A cada curtida recebida aumenta mais e
mais um sentimento que você julga ser felicidade, mas que, na verdade, chama-se
ostentação.
“Quem pauta
suas alegrias na possibilidade de se expor aos outros acaba vivendo uma
verdadeira ilusão”
Será que não existia felicidade antes da máquina
fotográfica e do Facebook? Obviamente que sim. Cada vez mais as pessoas deixam
de fazer o que gostam e se preocupam com o que os outros pensam. Você não
precisa ter o carro do ano, porém, essa aquisição traz uma satisfação que
supera até mesmo o fato de você não ter condições de arcar com as parcelas. Não
importa, pois o que vale é o que eu tenho e a imagem que vendo de mim ao mundo.
É muito triste esse pensamento. Quem pauta sua
filosofia de vida dessa maneira terá mais cedo ou mais tarde seu “castelo de
cartas” de mentira derrubado pelos ventos da verdade. Uma forte ventania do
amanhã, a força natural dos imprevistos e da inveja alheia não poupa a ninguém,
portanto, é preciso que suas estruturas construídas para viver estejam bastante
sólidas, senão cai tudo e o primeiro a ceder é o orgulho.
A primeira coisa para não cair nessa armadilha é
ter a consciência de que tudo o que você vê dos outros pode ser mentira. Raramente as pessoas mostram
quem verdadeiramente são, mas sim aquilo que quer que os outros achem que é.
Trabalhando nisso de maneira incessante, esses indivíduos se desprendem de sua
alma e moral para buscar mentiras. Quando pensam que alcançam, infelizmente
descobrem, no íntimo, pois julgam vergonhoso admitir, que aquilo que
mentalizavam não existe.
A verdadeira felicidade não é obtida por ninguém,
mas sim sentida. Você não precisa ver alguém que julga ser feliz, pois os olhos
só enxergam superficialidades. Se você é feliz sem um carro e o outro não é,
saiba que está um passo à frente na escala de evolução intelectual. Afinal, se
você não pode ter tudo o que ama, ame tudo o que tem. E quem ama o que tem,
certamente, é o mais feliz. Perdoe, esqueça e siga em frente, não se importe
como te julgam. “O primeiro a pedir desculpas é o mais corajoso. O primeiro a
perdoar é o mais forte. E o primeiro a esquecer é o mais feliz”. Logo, esqueça
as tristezas e valorize o que te faz feliz e está dentro de você, afinal, isso
é seu e ninguém poderá nunca tirar.
Texto escrito por Diego Rennan da Equipe Eu Sem
Fronteiras.
https://www.eusemfronteiras.com.br
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